“Usava jeans rasgado e um allstar surrado, disso não abrira mão. Ela era bem diferente das garotas da sua idade, ela amava menos, se apegava menos e sofria menos. Ela também era especial, por ser rara, incomum. Curtia rock, ao invés de jazz e blues. Preferia batata frita e refrigerante do que salada e suco. Sim, ela era muito diferente. Gostava de coisas simples, gestos simples. Gostava de atitudes, não de palavras.Não gostava de coisas intensas, achava muito exagero, até porque o que é demais enjoa e a falta faz mal. Portanto preferia o meio termo. Ela era assim, uma garota média, que media duas decisões. Sexta, à noite não iria em festas e baladas, preferira ficar em casa lendo um bom livro. Adorava boas histórias, mas não com felizes para sempre. Ela queria escrever a sua história, sem contos de fada e sem ficções, mas com um romance, com um mistério, com poucos detalhes, com poucas mágoas, mas com sorrisos sinceros. Ela só queria fazer a sua história, só queria fazer a sua vida. De um modo diferente, sendo diferente.”
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